Um estudo divulgado nesta terça (10) pela empresa de segurança Symantec indica que o Brasil teve 49% de todos os computadores zumbis da América Latina no primeiro semestre de 2006 -- um aumento de sete pontos percentuais em relação ao semestre anterior. O número de máquinas controladas remotamente por piratas é o maior da região: a Argentina aparece em segundo lugar com 17%, enquanto o Chile responde por 10% do total.
Com os PCs zumbis, pessoas mal-intencionadas conseguem realizar ataques DoS (Distributed Denial of Service), fazendo com que as máquinas infectadas acessem um mesmo endereço simultaneamente, sobrecarregando o sistema e chegando a tirar um site do ar. Se considerados todos os computadores zumbis do mundo, o Brasil tem 3% de participação.
“A liderança do Brasil na América Latina se explica pelo fato de o país ter a maior quantidade de conexões de banda larga. Isso aumenta o tempo de navegação e também permite que os usuários baixem mais arquivos de redes P2P [peer to peer], contribuindo para a infecção de suas máquinas”, afirmou Douglas Wallace, diretor de engenharia de sistemas da Symantec.
Quando consideradas as cidades da região com maior quantidade de zumbis, Buenos Aires aparece em primeiro lugar (16,54%), seguida da Cidade do México (12,39%), São Paulo (9,56%), Santiago (9,39%) e Rio de Janeiro (7,51%). Segundo o especialista, isso acontece porque os computadores escravizados no Brasil estão espalhados por diversas áreas, enquanto na Argentina, México e Chile eles se concentram nas capitais.
Para instalar códigos maliciosos que controlam o computador das vítimas -- os chamados bots --, piratas virtuais utilizam principalmente os spams. A infecção acontece quando o internauta baixa arquivos destes e-mails não-solicitados ou visita sites maliciosos sugeridos nas mensagens.
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