Campina Grande foi a única cidade da América Latina a entrar na relação da publicação norte-americana que inclui os municípios de Oakland, Omaha, Tulsa, Huntsville e Akron, todos localizados nos Estados Unidos; Barcelona, na Espanha; Cote d'Azur, na França; e Suzhou, na China. "Na aridez do nordeste brasileiro, existe um oásis de chuva e oportunidade. Há meio século, os comerciantes de Campina Grande importaram as primeiras prensas de algodão que fizeram da cidade um importante centro têxtil. Hoje, essa cidade no meio de lugar nenhum abriga 50 empresas que fabricam de tudo, desde softwares até painéis de publicidade. Campina Grande dita o padrão da indústria tecnológica do Brasil. A chave do sucesso é a Universidade Federal da Paraíba. Em 1967, acadêmicos paraibanos convenceram as autoridades locais a comprarem um mainframe da IBM de US$500 mil, criando uma tradição no setor da computação que hoje atrai estudantes de toda a América Latina. Desde 1984, a Paraíba tem um Parque Tecnológico que já deu origem a 60 empresas que usam alta tecnologia, desde fazendas de criação de camarões até portais de Internet. Entre os projetos bolados pela universidade está o da Light Infocon que produz softwares usados pela polícia para rastrear traficantes de drogas. O talento local também criou a Coteminas, a mais sofisticada indústria de malhas da América Latina. O dinheiro gerado pelo setor de tecnologia representa quase 20 por cento dos US$650 milhões da receita da cidade e explica porque a renda média da população local é de US$2.500 por ano, o dobro do restante do nordeste. A tecnologia dá lucro mesmo no meio de lugar nenhum." |