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Google pretende colocar literatura na web
02/04/2007
Fonte - G1 Noticias
Bibliotecas fazem parceria com gigante das buscas para digitalizar seu conteúdo.
No futuro, todo o conteúdo armezenado nos livros caberá em um chip.

Há dois anos o Google, empresa de pesquisas da internet, iniciou o trabalho de escanear centenas de milhares de livros para tornar esse conteúdo disponível na web. Poderia essa iniciativa sinalizar o fim das bibliotecas como as conhecemos?

O prédio da Bibliotheque Nationale de France (Biblioteca Nacional da França) foi projetado para que simbolizasse livros abertos. O presidente da biblioteca, Jean-Noel Jeanneney, deixou muito clara a sua oposição ao projeto de livros do Google. Todo o conteúdo guardado pelos livros entre capas de papel, couro ou linho durante séculos, em breve, caberá em um pequeno chip de memória. Os livros se abrirão e o seu conteúdo mergulhará nesse mar de informações conhecido como internet.

De acordo com os termos de um acordo de 2005, o Google digitalizará a coleção da biblioteca como parte do projeto Google Book Search (Pesquisa de Livros do Google) -- e a empresa virtual está trabalhando em ritmo alucinante. "Graças ao Google", conta Thomas, "conseguimos digitalizar mais livros em 12 meses do que conseguiríamos sozinhos em 15 anos".

O Google planeja escanear ao todo cerca de 1 milhão de volumes das estantes da biblioteca de Oxford. Stanford, Harvard e, mais recentemente, a Biblioteca Estadual da Bavária, também passaram a integrar o programa.

O objetivo é que o projeto seja vantajoso para ambas as partes. As bibliotecas recebem do Google cópias digitais de centenas de milhares de livros de seus acervos, rapidamente e sem custo, e o mecanismo de pesquisa consegue melhorar a qualidade e relevância de seus resultados de pesquisas.

Constantemente atônito

Klaus Ceynowa, 47, vice-diretor geral da biblioteca estadual da Bavária, conduziu as negociações de Munique em segredo. Ele acredita serem injustas as críticas e ironias enfrentadas pelo Google em relação à eventual qualidade inferior do escaneamento. No entanto, o Google saiu impune de alguns deslizes graves. Por exemplo, existem páginas de livros escaneadas que mostram mais as unhas caprichosamente pintadas das funcionárias do Google do que o texto em si.


A empresa não revela nenhum detalhe do projeto em associação com as instituições e prometeu sigilo às bibliotecas participantes. Um dos poucos detalhes divulgados é que a empresa está utilizando equipamentos desenvolvidos por eles mesmos para escanear os livros em edifícios bem vigiados próximos às respectivas bibliotecas.

Há um motivo para tanto segredo: a empresa teme imitações tanto quanto críticas. Em vez de trabalhar com máquinas de escaneamento totalmente automático que protegem os livros, o Google utiliza um exército de funcionários.


Mas ao término desse vasto trabalho, as bibliotecas poderiam acabar com diversas cópias digitais inutilizáveis com páginas faltando e trechos fora de foco e ilegíveis. Para garantir sua liderança, a poderosa empresa de tecnologia prefere velocidade à qualidade. O lema do projeto de escaneamento poderia ser resumido na frase: primeiro escaneie, depois faça perguntas.

Na justiça

O Google, ao que tudo indica, também não está preocupado com disputas jurídicas. A empresa evoca o princípio de "uso justo" da lei norte-americana de direitos autorais e permanece impassível diante das ações judiciais que a Associação Americana de Editoras (AAP na sigla em inglês) e diversas editoras de grande porte pretendem mover. As reclamantes alegam que o Google estaria infringindo os direitos autorais por não ter obtido autorização para escanear o enorme acervo das bibliotecas, que inclui muitos livros que ainda podem estar protegidos por direitos autorais.

Caso haja acordo, como o prolongado caso deve terminar, o Google poderia pagar às editoras mais do que elas receberiam se ganhassem o caso no tribunal, criando assim um precedente que poderia intimidar os concorrentes que não dispõem do mesmo cacife do Google. Considerando o atual valor de mercado do Google, bem acima de US$ 130 bilhões, até mesmo um generoso pacote de indenizações representaria um valor praticamente insignificante para a empresa californiana.


Um poderoso aliado

A pergunta fundamental continua no ar: não é um pouco arriscado confiar a sabedoria universal armazenada nas bibliotecas a uma empresa privada? É possível esperar a democratização do conhecimento por parte de uma empresa que detém o monopólio do mercado de ferramentas de pesquisa e mantém em total sigilo os detalhes de seus algoritmos de pesquisa da mesma forma que a Coca-Cola protege suas formulações?

Por enquanto, pelo menos, o Google é indispensável como poderoso aliado na formação da grande utopia: a biblioteca acadêmica digital do futuro que torna todo o conhecimento da humanidade acessível a todos.

A pequena janela de pesquisas do Google seria a porta de entrada para o conteúdo de 32 milhões de livros, 750 milhões de artigos, 25 milhões de músicas, 500 milhões de imagens, 500 mil filmes, 3 milhões de programas de televisão e 100 bilhões de páginas web públicas que, segundo estimativas do redator da Wired, Kevin Kelly, a humanidade teria publicado desde os tempos das tabuletas de argila na Suméria. Para armazenar todo esse volume gigantesco de dados –- estimado em 50 petabytes –- seria necessário um edifício do tamanho da biblioteca de uma cidadezinha, como escreveu Kelly em um artigo de 2006 para o New York Times. Contudo, no futuro, todo esse conhecimento poderá ser acessado com um simples clique no mouse – e caberá em um único iPod.

Mas o que acontecerá com os livros quando o último texto for escaneado e a última palavra armazenada? A bibliotecária Sarah Thomas acha que ainda é cedo demais para inutilizar o livro. "O livro é uma tecnologia de séculos", diz ela, apontando para as paredes chapadas da antiga biblioteca de Oxford. "Durante séculos as pessoas se reuniram aqui para fazer pesquisas e trocar idéias. No futuro a biblioteca continuará sendo um ponto de encontro da comunidade -- apenas mais acessível do que antes".
 
 
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