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Espaço físico de escolas é impróprio para diretrizes modernas...
18/12/2006
Fonte - www.aprendiz.uol.com.br
Alan Meguerditchian

Falta de espaços abertos para a convivência dos estudantes. Conforto térmico e condições acústicas abaixo do necessário. Pouca luz. Improvisação. Todos esses elementos foram identificados pela arquiteta Nanci Moreira durante a pesquisa de seu doutorado, defendido na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), que pesquisou sobre os espaços educativos em escolas de Ensino Médio. "É impossível implantar as diretrizes modernas, como exige a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) - que fixam as diretrizes do ensino brasileiro -, nos espaços atuais", diz.

Segundo a LBD, estabelecida em 1996, as escolas de Ensino Médio devem aplicar um projeto pedagógico que vá além de lousa, giz e palestra do professor, a fim de preparar melhor o aluno para os desafios do mercado de trabalho. Fato esse, que não foi identificado pela pesquisadora.

O estudo partiu do Banco de Dados da Secretária de Educação de São Paulo, no qual foram levantados dados quantitativos de matrículas e infra-estrutura de quatro colégios. Dois deles, um particular e um público, localizados em um bairro densamente ocupado e "verticalizado". Os outros dois, também um privado e outro público, eram de um bairro de média densidade, caracteristicamente residencial e horizontal. "A idéia era trabalhar com esses extremos para identificar a essência do que é preciso numa escola", explica.

Cerca de 31 professores e 383 alunos responderam a um questionário e participaram de grupos focais. "Achei que teria pouco retorno dos alunos, mas durante as conversas eles refletiam sobre o espaço ocupado, assim como os professores", lembra. Frases como: "O laboratório é pequeno. Temos de ficar mesmo na sala de aula, porque são 40 alunos"; "Tinha que ser em um lugar mais calmo, ou que, pelo menos, as salas fossem viradas para o outro lado", foram ouvidas de professores e estudantes.

Para solucionar os problemas encontrados, a arquiteta desenvolveu um esquema de edifício escolar que pudesse, ao mesmo tempo, atender às mudanças propostas na LDB e ser economicamente viável, tanto na construção de novos prédios quanto na adequação dos existentes. "As escolas particulares constroem novos espaços em seus prédios normalmente gastando muito. No ensino público as adequações devem ser feitas com uma disponibilidade de recursos pequena", explicou a arquiteta que também trabalha na Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão executor das Políticas da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, que atua no setor de planejamento da rede física de escolas públicas.

Moreira partiu de um ambiente dividido em setores, tendo como base a sala de aula, ainda utilizado como principal local do processo educacional. Para chegar em um espaço mais integrado e melhor aproveitado, que dá condições para a realização de atividades diferenciadas, a arquiteta levou em consideração o tempo utilizado em cada espaço e suas especificidades. "Optei assim em destinar um único local para os laboratórios de Física, Química e Biologia, pois as atividades práticas das outras disciplinas podem ser realizadas em um espaço flexível".

Segundo a secretaria da educação, não há déficit de vagas na escola sobre a qual Moreira estava aplicando seu projeto. Assim, não seria possível propor ampliações, já que a secretaria não libera verba para escolas que têm um número de alunos compatível com o que a sua infra-estrutura comporta. Em função disso, das divisões utilizadas como espaços pedagógicos, Moreira manteve apenas quatro para fins específicos e os outros como flexíveis, dos quais cinco apenas para receber conferências. "Isso deu ao mesmo espaço um uso mais lógico. Percebi que não é necessário haver uma grande quantidade de salas de aula na escola, mas sim um espaço para aulas teóricas, que seja adequado à exposição e à fala e espaço para aulas práticas e para pesquisa". Dessa forma, não foi necessário ampliar a escola, o que, segundo a pesquisadora, torna o projeto economicamente viável, custando cerca de R$ 3 milhões.

O projeto está pronto e pode ser implementado, mas a pesquisadora alerta que "o ideal é que sua aplicação inicial seja feita numa instituição de pequeno porte e que esteja atrelada a um projeto pedagógico moderno, de acordo com as propostas da LDB".

Para que o projeto seja totalmente aproveitado, a arquiteta salienta que é necessária uma formação dos educadores voltada para as exigências da LDB e que a equipe da escola esteja integrada em torno do projeto. "Não adianta reformular os espaços se, quando trocar o diretor, o que foi pensado for abandonado", conclui
 
 
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